Colisões em Dobradeiras: Aprenda como evitar!
Data de publicação: 14/11/24
As peças dobradas podem apresentar diversas formas e modelos, atendendo as necessidades de diversos segmentos da indústria, sendo algumas desafiadores e podendo causar colisões em dobradeiras. A Figura 1 apresenta alguns exemplos de peças que são possíveis de serem realizadas, desde que sejam utilizadas as ferramentas adequadas para cada tipo de aplicação (Groover, et al., 2014). Cabe ao responsável pelo processo de dobramento avaliar qual modelo de ferramenta e recursos da máquina se faz necessário para realizar a dobra solicitada pela peça.

Ao possuir apenas ferramentas standard para realizar os dobramentos, é necessário verificar o risco de colisão entre a ferramenta e a peça.
Conteúdos do Artigo
Cuidados com o Punção
O punção deve ser selecionada de modo a possibilitar a formação do perfil dobrado. É muito importante avaliar, em peças com mais de uma dobra, se durante a sequência de dobras a chapa corre o risco de encostar na punção, conforme apresentado na Figura 2. Cabe ao operador avaliar a condição dos perfis das peças e escolher a punção que melhor atenda às necessidades.

Os fabricantes de punções disponibilizam gráficos das abas máximas possíveis para cada modelo de punção (Tecnostamp, 2024). Considerando a punção mostrado na Figura 3, para uma aba interna de 60 milímetros, a medida máxima possível da aba externa é de 60 milímetros, em uma dobra com ângulo interno de 90°.

Existem diferentes formatos da concha da punção já desenvolvidos, porém para alguns perfil especiais é necessário fazer projetos para a fim de conseguir dobrar o perfil desejado. A Braffemam possui uma equipe de engenharia de aplicação que pode auxiliar no desenho do perfil necessário para dobrar o perfil desejado.
Cuidados com a Matriz
Colisões também pode ocorrer contra a matriz, principalmente ao utilizar matrizes multi V, ou seja, com diversos canais. Devido possuir dimensões maiores e fora de centro da matriz, algumas dificuldades podem surgir ao dobrar alguns perfis.

Analisando esses casos, as matrizes mono V, com apenas um canal, podem facilitar o processo de dobramento, pois são mais finas e aumentam a área de dobramento, diminuindo o risco de colisões.

Verificação de Colisões
A maneira mais fácil de verificar possível colisões contra a matriz é através de softwares de desenho CAD ou simulação CAM. A linha de dobradeiras PHS é integrada com o software EsaBend o qual permite realizar a simulação do dobramento indicando possíveis colisões contra a ferramenta ou até mesmo contra a máquina.
Ao escolher a matriz é sempre importante avaliar a aba mínima possível de ser dobrada em cada abertura e comparar com o perfil dobrado, assim confirmando se é possível de realizar o dobramento. A Tabela de dobradas pode facilitar o processo, pois já indica a aba mínima e a força necessária para realizar o dobramento. Leia mais sobre a tabela de dobra no link abaixo:
Também é importante verificar a necessidade de utilizar ferramentas fracionadas. Elas são principalmente utilizadas no caso de dobras de caixas. Muitas vezes é necessário fracionar tanto a punção quanto a matriz.

A Braffemam possui um corpo técnico capaz de indicar na escolha do jogo de ferramenta e realizar a simulação CAD e CAM a fim de validar a escolha. Entre em contato para maiores informações.
Escritor: Pedro Kucarz
Mestre em Engenharia Mecânica e de Materiais
Departamento de Engenharia Aplicada – Braffemam
Referencial Teórico
Esautomotion Esa Metalforming [Online]. – Esa, 27 de 08 de 2024. – 27 de 08 de 2024
Groover Mikell P. [et al.] Introdução aos processos de fabricação [Livro]. – [s.l.] : LTC, 2014
Tecnostamp Tecnostamp Red Line Punchs [Online]. – Tecnostamp, 27 de 08 de 2024. – 27 de 08 de 2024.